Sejam bem-vindos!

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Nesse Blog iremos abordar assuntos relacionados a Fisiologia do exercício. O tema exposto será Motilidade do Trato Gastrointestinal e o Exercício Físico.

domingo, 17 de maio de 2015

Hormônios que atuam no TGI

São liberados vários hormônios ao longo do TGI que são essenciais ao controle das secreções e movimentos do próprio TGI. Assim, apesar de serem hormônios e, portanto, poderem ter efeitos a distância ao caírem na corrente sanguínea e portanto poderem atuar sobre qualquer célula do corpo, os hormônios do TGI atuam muito especificamente no próprio TGI.
Os principais são:
a) Gastrina: é secretada pela porção antral do estômago. Quando alimentos que contenham proteína atingem o estômago, o mesmo secreta gastrina que vai agir nas células oxínticas e promover a produção e liberação de HCl(ácido clorídrico).
b) Secretina: é secretada pelo duodeno e age no pâncreas, promovendo a produção e liberação do suco pancreático, que por sua vez age favorecendo a digestão no duodeno. Mas sua ação principal é promover a liberação dos íons bicarbonato, responsáveis pela neutralização do pH entérico. A secreção de secretina se inicia tão logo o alimento atinja o estômago.
c) Colicistoquinina (CCK): é secretada pelo duodeno e tem várias ações:
  •  promover a liberação da bile
  •  junto com a secretina, promove a liberação do suco pancreático e dos íons bicarbonato no pâncreas
  •  inibe o esvaziamento gástrico. A CCK é liberada sempre que o duodeno recebe alimentos, impedindo que muito chegue a ele duodeno de uma só vez. Assim a CCK estimula a função gástrica de armazenar o quimo para que ele chegue lentamente ao duodeno.

A CCK é liberada por glândulas da mucosa duodenal e vai agir, como vimos, no estômago, no fígado e no pâncreas.
d- Peptídeo Inibitório Gástrico (GIP): tem a mesma função da CCK, só que é liberado em menor quantidade e é menos importante. Também é liberado pelo duodeno.

Referência:
http://www.instrumentador.com.br/internas/aulas/fisiologia6.htm
http://www.webciencia.com/11_22digestao.htmhttp://www.ebah.com.br/content/ABAAAAINcAK/sistema-digestorio
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAINcAK/sistema-digestorio

domingo, 10 de maio de 2015

Nutrição Esportiva e Exercício Físico

Entre os objetivos da Nutrição Esportiva podemos citar:
• Diminuição da fadiga muscular causada pelo exercício;
• Prevenção de lesões e aceleração da recuperação quando estas ocorrem;
• Maximização das reservas energéticas para o treinamento ou período de competição;
• Otimização dos resultados buscados pelas pessoas com a prática das atividades físicas.
 
A alimentação para o atleta ou praticante de atividades físicas segue os mesmos princípios que regem as boas práticas alimentares em geral: adequação, proporção, variedade e moderação. A pirâmide de alimentos é a mesma e os grupos alimentares ali contidos também são os mesmos para atletas ou sedentários. 
O que vai mudar, principalmente, é a quantidade de calorias que deve ser ingerida por dia, em geral bem maior para aqueles que praticam alguma atividade física com regularidade. A proporção dos macronutrientes também pode sofrer alterações, sendo a mais importante o aumento na quantidade de carboidratos ingerida (entre 60% e 70% do valor calórico total um aumento na quantidade de carboidratos. Existe certo mito a respeito do consumo de proteínas (ou aminoácidos) na dieta de praticantes de atividades físicas: dizem que aumentar a ingestão de proteínas incrementa o ganho de massa muscular. Mas, como já foi dito, isso é um MITO! O metabolismo das proteínas é limitado à necessidade de regeneração celular e a ingestão de quantidades superiores a esta necessidade não trará nenhum benefício, já que todo o excesso de proteína no corpo precisa ser eliminado através da urina. Os carboidratos são nutrientes encontrados nos alimentos que pertencem ao grupo dos cereais, como pães, massas, arroz, tubérculos (beterraba, batata, mandioca) e grãos (milho, aveia, trigo). Estes nutrientes, após serem ingeridos, são transformados em glicose - o principal combustível para o nosso organismo realizar todas as atividades para as quais ele é programado. Além de ser uma fonte de energia imediata, os carboidratos também podem ser armazenados no fígado ou nos músculos sob a forma de glicogênio, uma molécula constituída da união de várias pequenas unidades de glicose. Durante o exercício nosso corpo precisa do glicogênio para suprir as necessidades energéticas das células musculares e para manter a normalidade da glicose sanguínea, retardando o surgimento da fadiga, do cansaço decorrente do esforço físico. 
Os carboidratos são nutrientes encontrados nos alimentos que pertencem ao grupo dos cereais, como pães, massas, arroz, tubérculos (beterraba, batata, mandioca) e grãos (milho, aveia, trigo). Estes nutrientes, após serem ingeridos, são transformados em glicose - o principal combustível para o nosso organismo realizar todas as atividades para as quais ele é programado.
A presença de carboidratos no organismo enquanto praticamos atividades físicas também impede a utilização da proteína endógena (corporal) como fonte de energia e aumenta o desempenho e a disposição para o exercício. Ainda garante a queima da gordura em excesso que está depositada no nosso corpo, pois a forma que esta gordura encontra-se no tecido adiposo só pode ser utilizada na presença do piruvato, um produto da degradação dos carboidratos (Ciclo de Krebs). 
Por todas estas razões, a alimentação antes, durante (no caso de atividades físicas com duração superior à uma hora) e depois do exercício deve sempre conter carboidratos. Praticar atividades físicas e fazer dietas restritivas, especialmente se o nutriente negligenciado for o carboidrato, é um perigo para a saúde: desmaios e sintomas de hipoglicemia acontecem com frequência nesses casos. E podem acontecer quadros bem mais graves, chegando até mesmo à desnutrição protéico-calórica.
Durante atividades com duração superior a 60 minutos, de qualquer intensidade, precisamos nos alimentar para poupar as reservas hepáticas de glicogênio e manter a glicemia dentro da normalidade. A quantidade recomendada de consumo de carboidratos durante o exercício deve estar inserida no planejamento alimentar (25 a 30g/30min) e eles podem ser de qualquer índice glicêmico. A vantagem da ingestão de carboidratos durante a atividade física é a manutenção da glicose, mesmo quando as reservas de glicogênio muscular estão diminuídas, aumentando a resistência à fadiga.
Normalmente, é a hora de fazer uma refeição, que pode ser o café da manhã ou o almoço, por exemplo. A função desta refeição é a recuperação do glicogênio muscular e hepático, preparando as reservas que serão usadas durante o esforço físico. De acordo com as diretrizes do American College of Sports Medicine, recomenda-se a ingestão de 200 a 300 g de carboidratos, com qualquer índice glicêmico (alto, médio ou baixo) ou entre 1 e 5 g de carboidratos por kg de peso. A quantidade de lipídios (gorduras) não deve ultrapassar 25% do total das calorias da refeição, pois a presença de grandes quantidades de gordura provoca retardo tempo de esvaziamento do estômago e exercitar-se de estômago cheio pode causar indigestão, náuseas e vômitos.
  • Imediatamente antes do exercício
Precisamos nos alimentar, mas, em menor quantidade do que na refeição entre 3 ou 4 horas antes. A função do lanche é normalizar a glicose sanguínea, aumentando a disposição para o esforço físico. Podemos escolher o melhor horário para ingerir algum alimento entre uma hora e 15 minutos antes do início da atividade física. A recomendação da quantidade de carboidratos que serão ingeridos deve estar inserida no planejamento alimentar (cerca de 1 g de carboidrato por kg de peso) e eles podem ser de qualquer índice glicêmico, exceto no caso da alimentação 30 minutos antes do exercício, que deve conter carboidratos de baixo ou médio índice glicêmico.
  • Durante a atividade física prolongada
Durante atividades com duração superior a 60 minutos, de qualquer intensidade, precisamos nos alimentar para poupar as reservas hepáticas de glicogênio e manter a glicemia dentro da normalidade. A quantidade recomendada de consumo de carboidratos durante o exercício deve estar inserida no planejamento alimentar (25 a 30g/30min) e eles podem ser de qualquer índice glicêmico. A vantagem da ingestão de carboidratos durante a atividade física é a manutenção da glicose, mesmo quando as reservas de glicogênio muscular estão diminuídas, aumentando a resistência à fadiga.
  • Imediatamente após o exercício
A função da alimentação é a recuperação do glicogênio muscular e hepático - para a completa restauração após um exercício físico exaustivo são necessárias aproximadamente 20h e o consumo de 600g de carboidratos. As recomendações atuais apontam para a ingestão de 100g de carboidratos nos 30 minutos após a atividade física para maximizar a síntese de glicogênio muscular. Atrasar a refeição após a atividade física em 2 horas compromete a velocidade e a capacidade de síntese de glicogênio no organismo; depois de 4horas de atraso na alimentação, a síntese de glicogênio pode ser quase 50% mais vagarosa do que quando a ingestão dos carboidratos se dá nos primeiros 30 minutos que precedem o exercício. É preferível a ingestão de carboidratos com alto índice glicêmico para acelerar a velocidade de reconstituição do glicogênio perdido durante o esforço físico.
O volume de água ingerido antes, durante e depois do exercício físico é importantíssimo para garantir a máxima qualidade no desempenho dos atletas de ponta. Mas, aquelas pessoas que praticam uma atividade física sem o interesse em competições, apenas para garantir a manutenção da saúde, também precisam preocupar-se com a hidratação.
 
Com o exercício, ocorre um aumento na temperatura corporal e para que o mecanismo de dissipação do calor do nosso organismo (termorregulação) funcione de modo eficiente é necessária a presença de água. A evaporação do suor é a forma mais eficaz de termorregulação e durante o exercício prolongado, em um dia quente, podemos perder até 2,5L de água por hora através do suor – por dia, perdemos cerca de 500mL de água com a evaporação imperceptível através da pele e da respiração.

REFERÊNCIAS:
http://www.anutricionista.com/alimentacao-antes-e-depois-do-treino-e-hidratacao.html
http://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/2277-aprenda-o-que-comer-antes-e-depois-da-atividade-fisica 

domingo, 3 de maio de 2015

Doença do Refluxo Gastroesofágico e Exercício Físico

Iremos abordar nessa publicação a doença do refluxo gastroesofágico ou azia crônica, causada por exercícios intensos.
Mas afinal o que é a azia crônica?
A doença do refluxo gastroesofágico ou DRGE ocorre quando o esfíncter inferior do esôfago (EIE) não se fecha apropriadamente e o conteúdo do estômago extravasa de volta para o esôfago. O EIE é um anel de músculo na parte inferior do esôfago que age como uma válvula entre o esôfago e o estômago. O esôfago transporta o alimento da boca para o estômago. Quando o ácido refluído do estômago toca a parede do esôfago, ele causa uma sensação de queimação no tórax ou garganta, denominada pirose(azia). O gosto do líquido pode até ser sentido na parte de trás da boca e é chamado de indigestão ácida. A azia que ocorre mais que duas vezes numa semana pode ser considerada DRGE e ela pode, eventualmente, conduzir a problemas mais sérios de saúde.
Os sintomas do refluxo gastroesofágico são encontrados em aproximadamente 60% dos atletas e ocorre com maior frequência durante a prática do exercício.
Quais os sintomas?
Os principais sintomas de DRGE são azia persistente e regurgitação de ácido. Algumas pessoas tem DRGE sem azia. Ao invés, elas apresentam dor no tórax, rouquidão pela manhã ou dificuldades para engolir. A DRGE também pode causar tosse seca e mal hálito.
Os mecanismos sugeridos para o refluxo durante o exercício incluem diminuição da motilidade gástrica, relaxamento da parte inferior do esfíncter esofágico, aumento do gradiente de pressão entre o estômago e esôfago, distensão gástrica, diminuição do esvaziamento gástrico (especialmente no estado de desidratação), aumento da pressão intra-abdominal em esportes como o futebol, ciclismo e levantamento de peso.


Observa-se maior prevalência dos sintomas em atletas de esportes predominantemente anaeróbicos, como levantadores de peso, e sintomas moderados nos corredores. Ciclistas apresentam menor freqüência dos sintomas do refluxo, devido ao exercício apresentar menor quantidade de movimentos corporais, comparado aos levantadores de peso.
Os sintomas do refluxo incluem: aumento da pressão toráxica, dores parecidas com angina e alguns podem apresentar tosses atípicas, rouquidão e chiado, sintomas iguais ao broncoespasmo induzido pelo exercício. O tratamento da azia crônica é baseado em modificações no estilo de vida, mudanças de comportamentos, como não deitar após refeições, evitar consumos de alimentos que relaxam o esfíncter esofagiano, como chocolate, menta, alimentos ricos em gordura, álcool, tabaco, café.
Estudos descobriram que pequenas doses de exercícios bastante moderados, pelo menos duas vezes por semana, pode reduzir o risco da doença do refluxo gastroesofágico ou DRGE, em parte porque reduz o índice de massa corporal, um fator de risco primário. Um estudo publicado em 2004, que incluiu mais de 3.000 pessoas que relataram o refluxo, descobriu que uma sessão de meia hora de exercício, uma vez por semana ou mais, junto com o consumo regular de alimentos ricos em fibras, ajudou a reduzir o risco da doença pela metade.Duas coisas podem ajudar: evitar alimentos duas horas antes de praticar exercícios, e consumir bebidas ricas em carboidratos. Mas é crucial fazer o exercício correto. Os cientistas descobriram que os exercícios aeróbicos com mais “agitação do corpo”, como corridas vigorosas, provocam constantemente refluxo ácido, mesmo em pessoas que não tem azia crônica. Exercícios menos agitados, por exemplo, pedalar em uma bicicleta estacionária, causam menos problemas. Outro fator é a posição do corpo. Supino, flexão de perna ou qualquer outro exercício que envolva deitar acentuadamente aumenta o risco de refluxo ácido. Um estudo realizado em 2009 mostrou que os surfistas têm mais riscos de ter DRGE do que outros atletas, porque a posição deitada em superfícies duras da prancha leva ao aumento da pressão intra-abdominal.

REFERÊNCIAS: 
http://www.fbg.org.br/Textos/198/Doen%C3%A7a-do-refluxo-gastroesof%C3%A1gico---DRGE
http://hypescience.com/exercicios-errados-podem-piorar-azia-cronica/
http://www.rgnutri.com.br/sp/dicas/iaf.php